foto: Nuno Guerreiro Dias [2012] |
vagão
de clandestinidades
e uma noite
um tempo sem horas
viagem
e um buraco negro
de lugares e paragens
frestas frias
do universo gelado
num corpo-relógio
em contagem decrescente
de uma floresta densa
num corpo-relógio
em contagem decrescente
de uma floresta densa
de geometrias e planetas,
passagem
as mãos geladas
e o espelho de um rosto
defronte o fantasma-passageiro
nos olhos dentro
a sorte
vazio caminho
e enredo
corredor de mundo
e clarão à chegada,
combustão das horas
presente e passado.
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