foto: Nuno Guerreiro Dias |
do lado de lá da cama
disseste
que as horas
custavam a passar
e que era sempre tarde
para que uma vida
a dois, a três ou quatro
durasse
o tempo suficiente
de um corpo
amado na cama
o instante dessa hora
e seis minutos,
atrasados para sempre.
para um candeeiro
parado
na rua
as horas são só o tempo
de uma manhã
que não chega
um silêncio que perdura
como uma noite
a mais no inverno
tão diferente de todas as outras.
do lado de lá da cama
disseste
que as horas
custavam a passar
e que era sempre tarde
para que uma vida
a dois, a três ou quatro
durasse
o tempo suficiente
de um corpo
amado na cama
o instante dessa hora
e seis minutos,
atrasados para sempre.
para um candeeiro
parado
na rua
as horas são só o tempo
de uma manhã
que não chega
um silêncio que perdura
como uma noite
a mais no inverno
tão diferente de todas as outras.
1 comentário:
O tempo que nos vai moldando a vida
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